As orações subordinadas podem ser de três tipos: adjetivas, adverbiais e substantivas. Neste post, vamos focar nas adjetivas. Acompanhe!
Contextualizando: no exemplo a seguir, vamos identificar a classe gramatical e a função sintática do termo em destaque:
A pessoa estudiosa alcança seus objetivos.
Como podemos identificar o sujeito e o predicado? Basta encontrarmos o verbo e questioná-lo: afinal, quem alcança seus objetivos? A pessoa estudiosa. Esse é o nosso sujeito.
Note que o núcleo desse sujeito é ‘pessoa’. Agora, qual é a função sintática das outras palavras que compõem o sujeito, ‘a’ e ‘estudiosa’. Observe que ambas fazem referência ao nome, isto é, ao sujeito ‘pessoa’. E, como sabemos, tudo o que faz referência ao nome é chamado de adjunto adnominal.
E se trocarmos ‘estudiosa’ por uma oração de sentido equivalente? Lembrando que, para ser oração, precisamos de um verbo. Veja:
A pessoa que estuda alcança seus objetivos.
Repare que já não temos um adjetivo, mas o verbo ‘estudar’. No entanto, a expressão ‘que estuda’ continua fazendo referência ao sujeito ‘pessoa’. Portanto, a ideia é a mesma. Se antes tínhamos um adjunto adnominal (‘estudiosa’), agora temos uma oração que cumpre esse papel de caracterizar, de especificar o nome.
A partir do momento que isso acontece, vamos chamá-la de oração subordinada adjetiva.
Características das Orações Subordinadas Adjetivas
As principais são:
- Sempre se referem a um substantivo ou pronome da oração principal.
- Exercem função de adjunto adnominal do termo da oração principal, atribuindo características ao substantivo ou pronome anterior.
- Iniciador por pronomes relativos (que, qual,quem, onde, cujo, quanto etc.).
Exemplos:
Aquela é a professora de quem tanto falo.
Toda verdura que é fresca é mais saborosa.
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
As orações subordinadas adjetivas podem ser classificadas de duas formas:
Restritivas
Restringe, limita, individualiza o sentido do substantivo ou pronome a que se refere.
Exemplo:
As pessoas que gostam de carnaval frequentam bloquinhos de rua.
Para encontrar a oração subordinada adjetiva, precisamos encontrar o pronome relativo. Nesse caso, ela será ‘que gostam de carnaval’. Veja que, sem ela, a oração continuaria fazendo sentido: ‘As pessoas frequentam bloquinhos de rua’.
No entanto, é isso que o enunciado quer dizer? Quem são as pessoas que frequentam esses bloquinhos? A oração subordinada adjetiva é a resposta: somente as pessoas ‘que gostam de carnaval’.
A oração está especificando o sujeito ‘pessoas’. Seria o mesmo que usar um adjetivo equivalente, como ‘carnavalescas’. Por isso é uma oração subordinada adjetiva restritiva.
Explicativas
Colocada após um nome, serve para esclarecer melhor o sentido dele, explicitando uma característica própria.
Exemplo:
Os rios, que nos fornecem alimentos, estão poluídos.
Note que é fácil encontrar a oração subordinada. Agora, repare no sentido que ela traz. São todos os rios que estão poluídos? Não. A oração subordinada adjetiva vai nos ajudar a explicar para o leitor quais são os rios que fornecem alimentos.
Mas qual é a diferença entre restritivas e explicativas? Você deve ter reparado: a vírgula. Com a vírgula, estamos explicando algo. Porém, se escrevêssemos a mesma frase acima sem separar a oração subordinada por vírgulas, estaríamos restringindo o sentido, especificando quais rios estão poluídos.
Uso da vírgula nas orações subordinadas adjetivas
O sentido muda ao colocar ou não as vírgulas.
Exemplo:
Os candidatos que vieram à seletiva foram avaliados.
A oração subordinada é ‘que vieram à seletiva’. Quando não colocamos a vírgula, estamos dizendo que:
- Nem todos vieram, apenas alguns dos candidatos.
- Somente eles foram avaliados.
Portanto, nesse caso, temos uma oração subordinada adjetiva restritiva.
Veja agora:
Os candidatos, que vieram à seletiva, foram avaliados.
Ao colocar a oração subordinada entre vírgulas, mudamos o sentido. Entendemos que:
- Todos os candidatos vieram.
- Todos foram avaliados.
Orações subordinadas adjetivas reduzidas
São aquelas que não têm pronome relativo. Elas trazem verbo no infinitivo, gerúndio ou particípio.
Exemplos:
Na tarde de domingo, viam-se pessoas que caminhavam no parque.
Repare que a oração subordinada adjetiva está completa, com pronome relativo e verbo: ‘que caminhavam no parque’. Nesse caso, é restritiva na forma desenvolvida.
No entanto, observe:
Na tarde de domingo, viam-se pessoas caminhando no parque.
Em vez de colocar o pronome relativo e o verbo conjugado, foi utilizado o verbo no gerúndio. A ideia é a mesma, mas de forma reduzida. Então, temos uma oração subordinada adjetiva restritiva reduzida ao gerúndio.
Mais um exemplo:
Leu atentamente a notícia publicada no jornal.
Note que ‘publicada no jornal’ é a nossa oração subordinada adjetiva. É o equivalente, na forma desenvolvida, a ‘que foi publicada no jornal’. Sendo assim, trata-se de uma oração subordinada adjetiva restritiva reduzida ao particípio.
Para aprender mais:
Espero que essa aula tenha ajudado você a entender melhor sobre orações subordinadas adjetivas. Se tiver dúvidas e quiser aprender mais sobre redação e gramática, acesse meu site e inscreva-se para receber meus conteúdos!
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