Exercícios para se preparar para as provas de Concursos

Exercícios para se preparar para as provas de Concursos

Um erro muito comum cometido pelos concurseiros é não dar a devida importância às questões de Língua Portuguesa. Praticamente todo concurso público cobra Portguês, incluindo interpretação e compreensão textual.

Por conta disso, essas questões costumam ser a causa de reprovação de muitas pessoas que não se prepararam adequadamente e podem marcar a diferença entre sua aprovação ou não.

Então, é fundamental estudar e saber o que mais cai na prova de Protuguês do concurso. Além disso, é importante praticar. E para ajudar você nessa tarefa, abaixo separei 10 exercícios de Português para concurso.

Ah! Todas são questões que realmente caíram em alguma prova. O gabarito está no final do conteúdo. Acompanhe e bons estudos.

Preparação para concurso público: exercícios de Português

QUESTÃO 1

(FEPESE) Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal

a) És tu quem está de acordo com essa alternativa de encaminhamento da questão, não eu.

b) Leia-se à página quarenta e oito as duas metodologias sugeridas pelo autor.

c) Os Lusíadas, hoje, quase não é estudado nas escolas.

d) Pelas minhas contas, fazem mais ou menos quarenta anos que não tinha notícias de ti.

e) De acordo com o INEP, vinte por cento dos candidatos não fez as provas do ENEM.

QUESTÃO 2

(ITAME) Em qual das alternativas todas as palavras estão escritas corretamente?

a) Concerteza, lumbriga.

b) Circunstânsia, chícara.

c) Helicóptero, microndas.

d) Lápis, descendente.

QUESTÃO 3

(TJ-PA)

1 O peso de Eurídice se estabilizou, assim como a rotina

da família Gusmão Campelo. Antenor saía para o trabalho, os

filhos saíam para a escola e Eurídice ficava em casa, moendo

4 carne e remoendo os pensamentos estéreis que faziam da sua

vida infeliz. Ela não tinha emprego, ela já tinha ido para a

escola, e como preencher as horas do dia depois de arrumar as

7 camas, regar as plantas, varrer a sala, lavar a roupa, temperar

o feijão, refogar o arroz, preparar o suflê e fritar os bifes?

Porque Eurídice, vejam vocês, era uma mulher brilhante. Se lhe

10 dessem cálculos elaborados, ela projetaria pontes. Se lhe

dessem um laboratório, ela inventaria vacinas. Se lhe dessem

páginas brancas, ela escreveria clássicos. No entanto, o que lhe

13 deram foram cuecas sujas, que Eurídice lavou muito rápido e

muito bem, sentando-se em seguida no sofá, olhando as unhas

e pensando no que deveria pensar. E foi assim que concluiu

16 que não deveria pensar, e que, para não pensar, deveria se

manter ocupada todas as horas do dia, e que a única atividade

caseira que oferecia tal benefício era aquela que apresentava o

19 dom de ser quase infinita em suas demandas diárias: a

culinária. Eurídice jamais seria uma engenheira, nunca poria os

pés em um laboratório e não ousaria escrever versos, mas essa

22 mulher se dedicou à única atividade permitida que tinha um

certo quê de engenharia, ciência e poesia. Todas as manhãs,

depois de despertar, preparar, alimentar e se livrar do marido

25 e dos filhos, Eurídice abria o livro de receitas da Tia Palmira.

Martha Batalha. A vida invisível de Eurídice Gusmão. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso

I. Os dois-pontos imediatamente após “diárias” (R.19) fossem substituídos por uma vírgula.

II. O vocábulo estéreis (R.4) fosse substituído por desnecessários.

III. Se inserisse, no trecho “nunca poria os pés em um laboratório e não ousaria escrever versos” (R.20 e 21), uma vírgula após “laboratório” e o vocábulo “não” fosse substituído por nem.

Assinale a opção correta:

a) Nenhum item está certo.

b) Apenas o item I está certo.

c) Apenas o item II está certo.

d) Apenas o item III está certo.

e) Todos os itens estão certos.

QUESTÃO 4

(FCRIA-AP) Em Seu intimismo não é nostálgico, é reflexivo, pode-se substituir o verbo sublinhado, mantendo-se a correção e um sentido adequado ao contexto, por

a) desde que

b) ainda que seja

c) mas

d) uma vez que

e) de modo que

QUESTÃO 5

(MJSP)

Posfácio do livro Rio em Shamas (2016), de Anderson França, Dinho

NÃO PIRA! Foi com esse conselho, há cerca de seis anos, que começou minha história com o Dinho. Colaborávamos na mesma instituição social e vez ou outra nos esbarrávamos numa reunião, ele sempre ostensivamente calado. Por algum motivo da ordem do encosto, no sentido macumbeirístico mesmo, ou cumplicidade de gordos, vimos um no outro um elo possível de troca.

Ele então começou a me enviar milhões de textos que eram uma mistura frenética de sonhos, pseudorroteiros cinematográficos, pedidos de desculpas, posts-denúncias, listas de exigências de sequestrador, tudo num fluxo insano de criação, que ele mesmo dizia que um dia iria sufocá-lo de vez — o que me fez proferir o dito conselho.

O fato é que um dia passei em frente ao notebook dele e lá estava a tela quase inteiramente coberta de post-its, todos iguais, escritos: NÃO PIRA. E ele então me confidenciou: Cara, você resolveu minha vida. Eu só não posso pirar! É isso!

Esse episódio obviamente fala muito mais sobre essa característica de esponja afetointelectual dele do que sobre alguma qualidade do meu conselho. E foi sendo assim, esponja que se enche e se comprime (deixando desaguar seus textos em redes sociais), que foi surgindo um escritor muito especial. Especial não pra mãe dele ou pra Su (a santa), mas para a cidade do Rio de Janeiro.

Com uma voz e um estilo absolutamente singulares, Dinho flerta com a narrativa do fluxo do pensamento, o que poderia gerar textos apenas egoicos e herméticos, eventualmente mais valiosos pra ele do que para o leitor. Mas sei lá como, seus textos conciliam esse jeitão com uma relevância quase política, pois jogam luz sobre partes da cidade que merecem ser mais vistas, mais percebidas, e até mesmo mais problematizadas.

Dinho “vê coisas”. E, consequentemente, tem o que dizer. Não só sobre o subúrbio, suas ruas, seus personagens e seus modos, numa linhagem Antônio Maria ou João do Rio, mas muitas vezes também sobre bairros já enjoativos, de tão submersos em clichês, como o tão adorado-odiado Leblon. Seu “olhar de estrangeiro” revela estranhas entranhas da Zona Sul do Rio de Janeiro. O fato é que, com este livro, a cidade fica muito maior, mais plural e consequentemente mais justa.

Espero que este seja apenas o primeiro de uma série. Se é que posso dar mais algum conselho, o único que me ocorre ao vê-lo escrevendo hoje em dia é: NÃO PARE!

FRANÇA, Anderson. Rio em Shamas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2016.

Assinale a alternativa que apresenta a figura de linguagem hipérbole, caracterizada pelo exagero.

a) “NÃO PIRA”.

b) ”Ele então começou a me enviar milhões de textos […]”.

c) ”[…] lá estava a tela quase inteiramente coberta de post-its”.

d) ”[…] esponja que se enche e se comprime”…

e) “Dinho ‘vê coisas’.”.

QUESTÃO 6

(IF-BA) A respeito da oração em destaque: “João está doente, está reclamando de dor”, é correto afirmar que

a) Não existe qualquer relação sintática com a oração que a antecede e ela não é uma oração coordenada, pois não apresenta conjunção.

b) Ela estabelece relação de modo com que antecede.

c) É uma oração que indica causa.

d) É uma oração coordenada aditiva.

e) Ela estabelece uma explicação com relação à que antecede.

QUESTÃO 7

(FUMARC) O uso da crase é facultativo em:

a) Comeu um bife à milanesa.

b) Desejo felicidades à sua irmã.

c) Queremos que fique à vontade.

d) Vou à Bahia no próximo mês.

QUESTÃO 8

(FCC)

1 Tenho um sonho que, acho, nunca realizarei: gostaria de ter um restaurante. Mais precisamente: gostaria de ser um cozinheiro. As cozinhas são lugares que me fascinam, mágicos: ali se prepara o prazer. O cozinheiro deve ser psicólogo, conhecedor dos segredos da alma e do corpo. Mas não sei cozinhar. Acho que devido a isso que escrevo. Escrevo como quem cozinha.

2 A relação entre cozinhar e escrever tem sido frequentemente reconhecida pelos escritores. É a própria etimologia que revela a origem comum de cozinheiros e escritores. Nas suas origens, sabor e saber são a mesma coisa. O verbo latino “sapare” significa, a um só tempo, tanto saber quanto ter sabor. Os mais velhos haverão de se lembrar que, num português que não se fala mais, usava- -se dizer de uma comida que ela “sabia bem”.

3 Suponho que Roland Barthes também tivesse uma secreta inveja dos cozinheiros. Se assim não fosse, como explicar a espantosa revelação com que termina um dos seus mais belos textos, A lição? Confessa que havia chegado para ele o momento do esquecimento de todos os saberes sedimentados pela tradição e que agora o que lhe interessava era “o máximo possível de sabor”. Ele queria escrever como quem cozinha – tomava os cozinheiros como seus mestres.

4 A leitura tem de ser uma experiência de felicidade. Por isso que Jorge Luis Borges aconselhou aos seus estudantes que só lessem o que fosse prazeroso: “Se os textos lhes agradam, ótimo. Caso contrário, não continuem, pois a leitura obrigatória é uma coisa tão absurda quanto a felicidade obrigatória”.

5 Esta é a razão por que eu gostaria de ser cozinheiro. É mais fácil criar felicidade pela comida que pela palavra… Os pratos de sua especialidade, os cozinheiros os sabem de cor. Basta repetir o que já foi feito. Mas é justamente isso que está proibido ao escritor. O escritor é um cozinheiro que a cada semana tem de inventar um prato novo. Cada semana que começa é uma angústia, representada pelo vazio de folhas de papel em branco que me comandam: “Escreva aqui uma coisa nova que dê prazer!” Escrever é um sofrimento. A cada semana sinto uma enorme tentação de parar de escrever. Para sofrer menos.

(Adaptado de: ALVES, Rubem. “Escritores e cozinheiros”. O retorno e terno. Campinas: Papirus, 1995, p. 155-158) 

Caso contrário, não continuem, pois a leitura obrigatória é uma coisa tão absurda quanto a felicidade obrigatória. (4o parágrafo)

O termo sublinhado acima introduz, no contexto, noção de

a) Finalidade.

b) Consequência.

c) Explicação.

d) Concessão.

e) Condição.

QUESTÃO 9

(CESGRANRIO) Em relação à regência nominal, em qual das frases a seguir a preposição empregada NÃO está ADEQUADA?

 a) A partir daí, estava apto para ajudar alguém.

 b) Ele, então, estava sedento por um futuro melhor.

 c) Não seja inconstante em suas decisões.

 d) Na vida, todos nós somos passíveis a equívocos.

 e) Temeroso de um resultado negativo, não seguiu sua intuição.

QUESTÃO 10

(CESGRANRIO) Qual sequência completa corretamente a frase abaixo?

Para _______ a ______________ de um especialista na área poderá ajudá-lo a superar momentos do cotidiano, com _______________ dos criados por você mesmo.

 a) mim – intercessão – exceção

 b) mim – interseção – exceção

 c) mim- intersecção – excessão

 d) eu – interseção – excessão

 e) eu – intercessão – exceção.

Gabarito

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Para aprender mais

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2 comentários

  1. Muito bom o conteúdo de estudo de vocês

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